Departamento de Neurologia da FCM soma forças ao Movimento Roxo em apoio à campanha “Entendendo a Epilepsia”
Publicado por: Camila Delmondes
14 de fevereiro de 2022

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Ainda no contexto das comemorações de seus 55 anos, o Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp participa do Movimento Roxo iniciado nessa segunda-feira (14), na ocasião do lançamento da campanha “Entendendo a Epilepsia”, como parte das comemorações ao Dia Internacional da Epilepsia, celebrado sempre na 2ª segunda-feira do mês de fevereiro.

Trata-se de uma iniciativa voluntária de mobilização on-line que conta com a participação e apoio de associações de pessoas com epilepsia e seus familiares, e diversos representantes da sociedade civil, com o objetivo de sensibilizar e engajar a sociedade no apoio à causa da epilepsia. Para participar da campanha “Entendendo a epilepsia”, basta acessar o site do Movimento Roxo e compartilhar o apoio à campanha nas redes sociais.

“Pode parecer uma ação singela, mas temos hoje em nossas mãos uma ferramenta poderosa de ativismo social chamada ‘celular’. Quantos mais falarmos sobre a epilepsia para as pessoas próximas do nosso círculo de amizades, mais vamos nos surpreender com a quantidade de amigos e familiares sofrendo silenciosamente com a doença”, disse o chefe do Departamento de Neurologia da FCM, Li Li Min, sobre o medo que muitas pessoas com epilepsia ainda enfrentam de revelar que sofre com a doença.

Pensado para realizar e impulsionar ações periódicas de conscientização da epilepsia, o Movimento Roxo já organiza atividades para o dia 26 de março, quando pessoas em todo mundo participarão do chamado Purple Day, Dia Roxo pela causa da epilepsia. Assim, já nas próximas semanas, em continuidade ao Dia Internacional de Epilepsia e à campanha “Entendendo a Epilepsia”, um calendário recheado de atividades deverá chamar à atenção da população para a causa da epilepsia, a partir da distribuição de panfletos, botons e camisetas.

“Precisamos do máximo apoio da população em torno dessa causa, aproveitando todas essas datas comemorativas, nacionais e internacionais, para refletir, discutir e buscar soluções para as muitas dificuldades ainda enfrentadas pelas pessoas com epilepsia, em casa, no trabalho e no convívio social. Chega de preconceito!”, disse Li, prevendo a continuidade das ações do Movimento Roxo até o dia 9 de Setembro, quando será comemorado o Dia Latino-Americano de Conscientização da Epilepsia.

Um dos maiores defensores da causa da epilepsia no mundo, Li Li Min comenta que apesar dos grandes avanços no tratamento da epilepsia, ainda é preciso avançar no combate ao preconceito e ao estigma em torno da doença. “Apesar da epilepsia afetar milhões de pessoas em todo o planeta, ainda é grande o desconhecimento e o preconceito da população em relação à doença. Epilepsia não é contagiosa e tem tratamento. Não é preciso demitir um trabalhador ou convidar um estudante a mudar de escola por conta da epilepsia, mas esse tipo de exclusão social ainda é muito frequente, infelizmente”, comenta o especialista, eleito em 2013 Embaixador da Epilepsia no Brasil pela Liga Internacional de Epilepsia.

Epilepsia: fique por dentro

O sintoma mais comum da epilepsia são as chamadas crises epiléticas ou crises convulsivas, quando o cérebro sofre descargas elétricas intensas que atrapalham o seu correto funcionamento. Quando as crises convulsivas acontecem, a pessoa muitas vezes perde o controle do corpo, precisando que alguém a ampare e proteja a sua cabeça, virando-a de lado, a fim de evitar choques contra o chão ou objetos ou mesmo que ela se engasgue.



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