Criação da Fundação Latino Americana do Biocondutor tem participação de pesquisador da Unicamp
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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Pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos inauguram nesta segunda-feira (25) de agosto, em São Paulo, a Fundação Latino Americana do Biocondutor (FunLAb). Um de seus fundadores é o professor Benilton Carvalho, do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.  A FunLAb é uma fundação sem fins lucrativos que estabelecerá programas e ações conjuntas entre instituições científicas e acadêmicas em Bioinformática, aplicando e desenvolvendo pacotes de softwares de código aberto para serem depositados no repositório do Bioconductor (http://bioconductor.org).

A Fundação também pretende cooperar com instituições de pesquisa importantes em toda a América Latina por meio de propostas de concessão compartilhados; patrocinar e promover atividades voltadas para melhorar e treinar biólogos moleculares, cientistas da computação, e estatísticos, a arte de bioinformática; criar um fórum científico online na América Latina para discussões adequadas e avanços de novas ferramentas de bioinformática; e oferecer oportunidades de investigação e formação com parceiros de laboratório na América Latina para estudantes e pós-doutores interessados em genômica e investigação epigenomica.

Além da Unicamp, participam também da criação da FunLAb o professor Houtan Noushmehr, do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Martin Morgan, da Fred Hutchinson Cancer Center, Seattle, Estados Unidos; Vincent Carey, da Harvard University e coordenador/fundador do Bioconductor, Estados Unidos; Wilson Araujo Silva Jr., da FMRP e coordenador do Centro de Medicina Genômica do Hospital das Clínicas da FMRP, entre outros.

Beninton Carvalho concedeu entrevista falando sobre a presença da bioinformática na vida dos brasileiros e as vantagens da criação da Fundação para a Unicamp e outras faculdades brasileiras.

Quais sãos as aplicações da bioinformática?
Pesquisadores em todo o mundo, brasileiros inclusos, fazem uso constante de tecnologias de alto desempenho, como microarranjos e sequenciamento genético, para a melhor compreensão de fenômenos biológicos. Estas ferramentas geram uma enorme quantidade de dados (dados genéticos de 100 indivíduos ocupam o espaço de aproximadamente 5.5 milhões de músicas) e a bioinformática é a responsável pelo processamento de toda esta informação. As aplicações são inúmeras e abrangem diversos setores da sociedade. Na área de saúde, por exemplo, o objetivo maior é prover melhores tratamentos aos pacientes e estas tecnologias auxiliam os pesquisadores na identificação de fatores genéticos que auxiliem nesta tarefa.

Como a bioinformática está presente na vida dos brasileiros?
As aplicações da bioinformática são diversas. Na saúde, uma série de testes genéticos tornaram-se possíveis pelo uso da bioinformática e incluem, por exemplo, o estudo da porção codificante do DNA (exoma) no diagnóstico de doenças genéticas e avaliação de predisposição a doenças complexas.

Qual a importância da fundação?
A fundação tem como objetivo promover a bioinformática por meio de atividades e colaborações com a comunidade científica da América Latina. Pesquisadores brasileiros interessados nesta área encontrarão uma referência no País de um projeto de sucesso estabelecido nos EUA. O ambiente proposto por esta iniciativa oferecerá aos investigadores a oportunidade de compartilhar suas experiências e também interagir com os demais, promovendo uma melhor integração da comunidade científica.

Para a Unicamp, quais as vantagens?
A Unicamp é uma instituição de referência no País na área de bioinformática. Em abril, realizamos um treinamento em parceria com o Instituto Europeu de Bioinformática (EBI) do qual participaram pesquisadores não apenas da Unicamp, mas de todo o País; em setembro, uma equipe que inclui pesquisadores também da Unicamp participará de um treinamento no EBI; e já temos um outro curso a ser oferecido também na Unicamp em meados de novembro. A fundação consolida esta posição de liderança da Universidade em pesquisas de ponta e estimula colaborações efetivas entre pesquisadores.

Quem pode se filiar à fundação?
Todos aqueles interessados na área de bioinformática podem se filiar. O público-alvo é bastante amplo e inclui de especialistas em análise de dados a desenvolvedores de software. Em caráter excepcional e por período limitado, a fundação está oferecendo 1 ano gratuito de filiação por meio do sítio eletrônico http://lab.foundation .



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