Comunicado da Diretoria sobre os movimentos grevistas na Unicamp e na FCM
Publicado por: Camila Delmondes
08 de julho de 2016

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Caros colegas,

Desde o início do atual movimento reivindicatório na Unicamp, estamos participando das reuniões convocadas pela reitoria para análises, informes e tomadas de posição.

Eu, particularmente, participei de quatro reuniões de negociação com os ocupantes da reitoria, entre elas a primeira em 16 de maio e a última em 15 de junho.

A análise desde o início é de que as reivindicações apresentadas pelos alunos que ocupam a reitoria só podem ser atendidas em alguma medida na mesa de negociações, pois dependem de deliberação de colegiados para serem implementadas (anexo 1) . De acordo com a análise dos negociadores e da reitoria, os avanços possíveis foram feitos, conforme (anexo 2), que compara as demandas com as propostas da Comissão (anexo 3).

Com relação à greve dos funcionários e dos docentes, há demandas que se associam às dos alunos e outras específicas, como a de reajuste salarial, isonomia, etc.

As negociações das pautas específicas estão sendo feitas com cada segmento, e as informações oficiais estão disponíveis no site da Universidade.

No âmbito da FCM, temos alguns funcionários e alguns docentes em greve, sem pauta específica referente à FCM.

Com relação aos alunos da FCM, desde o início do movimento e muito antes da decisão de greve, a Diretoria colocou-se à disposição para diálogo e esclarecimentos, tendo em vista inclusive informações equivocadas presentes em cartazes que convocavam os alunos à participação.

Efetivamente, a primeira reunião com a Diretoria ocorreu em 10 de junho, já tendo havido a primeira paralisação de um dia antes da decretação da greve. As pautas dessa reunião foram entregues em 07 de junho (anexo 4). A segunda reunião ocorreu em 22 de junho, já com os alunos em greve, quando apresentaram novas reivindicações (não trouxeram documento impresso; o resumo da reunião está no anexo 5).

Como se pode ver, a pauta traz demandas que poderiam ser tratadas em reuniões rotineiras dos Colegiados da FCM, inclusive algumas já em discussão, como por exemplo folga pós plantão, ampliação de áreas verdes, melhoramento no currículo, avaliação, entre outros.

Por outro lado, há um clima de acirramento das ações na Universidade que não encontra paralelo em outros movimentos anteriores dos alunos. O impedimento de acesso às salas de aula de alunos e docentes, por meio de barricadas ou cerco físico de pessoas, assim como a interferência dentro da sala de aula inviabilizando a mesma, são expressões de uma nova forma de atuação dos alunos que consideramos lamentável do ponto de vista da autonomia universitária, especificada aqui na autonomia entre os três segmentos da comunidade universitária, e de cada um se seus membros. A luta pela autonomia acadêmica é a luta pela autonomia intelectual de cada um dos membros de sua comunidade. Atentar contra esse princípio é atentar contra essas conquistas, sempre ameaçadas pela intransigência de diversas origens.

Neste momento, há uma pressão para a alteração do calendário escolar, no sentido de evitar a perda do semestre pelos alunos, seja pela greve deles próprios, seja pela greve dos docentes que deixaram de dar aulas. Aqui na FCM vamos seguir a orientação da Administração Central (Pró-Reitoria de Graduação e Reitoria) de não alterar o calendário no geral, mas admitir os arranjos necessários em cada disciplina, respeitando a demanda dos coordenadores de cada disciplina, em acordo com os alunos.

Entendemos que os alunos e docentes que não aderiram à greve não devem ser penalizados, sendo obrigados a alterar sua programação, tendo em vista especialmente as férias de julho, em que muitos já tem planejado a convivência com a família e outras atividades, e a falta de espaço curricular dos 4º, 5º e 6º anos.

Finalizando, em que pese a dificuldade em focar as pautas que podem ser resolvidas em uma mesa de negociação, e nossa divergência quanto a formas de ação dos movimentos, consideramos legítimos os movimentos grevistas e apelamos a todos pela tolerância e o diálogo como forma de encontrar soluções e encaminhamentos para os problemas e dificuldades de cada segmento da Faculdade.

Atenciosamente,

Prof. Dr. Roberto Teixeira Mendes
Diretor Associado da FCM
Unicamp



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