Egressos da XV turma de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizaram, na última sexta-feira (16), o plantio de uma muda da árvore cambuí (Myrcia selloi), em frente ao prédio FCM-01. Além dos colegas de turma, liderados pelo professor Luiz Roberto Lopes, estiveram presentes amigos e familiares. Os jardineiros Aristides Bianchi e Oracílio Ferreira (MSA/FCM) contribuíram com o gesto. A escolha pela muda se deu pela Divisão de Meio Ambiente da Universidade, bem como o local do plantio.

O professor Luiz Roberto falou sobre o significado do plantio para a XV turma. “A árvore traz uma sensação de poder da natureza, de ficar enraizado. Sempre que alguém passar e observar essa árvore, vai remeter a todo nosso passado, de quando entramos na faculdade, na década de 1970. Ainda na Santa Casa começou o primeiro instituto que depois deu origem à Universidade Estadual de Campinas. Hoje, a Unicamp é a segunda universidade mais importante do país e uma das melhores da América Latina. É muito significativo”, lembrou o professor, que todos os dias passa pelo local.

Os egressos manifestaram gratidão à iniciativa do professor “Beto”. Para Enidio Hilário, o cambuí remete ao bairro de mesmo nome, onde a turma estudou parte da graduação. “É uma ligação semântica com nossas raízes mais profundas. As primeiras raízes nós deitamos aqui no campus, onde assistíamos as aulas de Anatomia, almoçávamos no primeiro restaurante... Na fase de fechamento do ciclo, a gente não está longe de onde a gente veio. E o cambuí traz muitas lembranças para todos nós. Mesmo os que saíram de Campinas deram plantão na emergência da Santa Casa, no bairro do Cambuí”, disse o amigo.

Elizete Lomazi, pediatra do Hospital de Clínicas da Unicamp, fez paralelo da árvore com a amizade dos colegas de turma. “Muitos aqui não se viam há 40 anos. A gente se abraça e sente a mesma emoção de quando nos formamos. São as raízes que a nossa amizade deixou. Estou alegremente emocionada em revê-los. Essa marca da nossa graduação é indelével. Que essa árvore perdure após a nossa morte, mostrando que vivemos e vencemos”, declarou a médica.

Após o plantio da muda, os colegas visitaram as dependências do auditório da FCM e da Legolândia. O técnico em Simulação Clínica, Rafael Tavares, acompanhou a visita, apresentando os espaços e equipamentos tecnológicos disponíveis hoje aos alunos e pesquisadores da Unicamp.