Ocorreu em 11 de agosto, no auditório principal da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o Encontro de Infectologia do Interior Paulista, conhecido como Caipirão. O evento é promovido pelas disciplinas de Infectologia da FCM Unicamp, das Faculdades de Medicina da USP Ribeirão Preto (FMRP-USP), Botucatu (FMB-Unesp), São José do Rio Preto (Famerp). Nesta edição, contou ainda com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o apoio da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI). 

O objetivo é estabelecer uma rede de pessoas interessadas nas questões atuais da especialidade e de se discutir casos clínicos nas temáticas: pesquisa e educação médica em Infectologia; inovações no diagnóstico e controle das doenças infecciosas; resistência antimicrobiana nas infecções comunitárias; estratégias no manejo da tuberculose, HIV/aids e hepatites pós-pandemia.

Mesa abertura

Na mesa de abertura, se apresentaram, pela FCM: Júlia Martinelli, residente em Infectologia, e os docentes Rogerio de Jesus Pedro e Luiz Claudio Martins, do Departamento de Clínica Médica. Também participaram os professores Benedito Fonseca, da FMRP-USP; Lenice do Rosário, da FMB-Unesp; e Irineu Maia, da Famerp. Além deles, estiveram presentes a acadêmica Roberta Moraes, da graduação em Medicina da UFSCar, representando as ligas acadêmicas de Infectologia; e Carlos Magno, presidente Sociedade Paulista de Infectologia.

Para Julia, que participou da primeira vez do Caipirão, se trata de “evento muito importante de construção conjunta e multiplicação do conhecimento entre as faculdades do interior paulista”. Roberta lembrou a possibilidade de troca entre as ligas universitárias. “Acho interessante a oportunidade de networking. A nossa liga existe desde 2009 e realiza atividades teóricas, extensão e pesquisa, como campanhas de testagem de HIV e sífilis dentro da universidade”.

O professor Rogerio de Jesus Pedro, da FCM, ressaltou o pioneirismo da iniciativa. “Essa ação das universidades estaduais paulistas deu certo e está sendo mantida com muita qualidade por todas instituições. A ideia dessa reunião é inclusiva. Começou com faculdades estaduais e deve se estender para todas as áreas onde a Infectologia é tema de ensino, pesquisa e extensão. É um prazer muito grande participar do Caipirão, que ajudamos a criar”.

“Um dos grandes acertos da Sociedade Paulista de Infectologia nos últimos anos foi incorporar o Caipirão na sua agenda, fazendo o apoio logístico para o encontro. Também percebo coisas que continuam parecidas com o primeiro Caipirão que estive presente, em 1996; muitas pessoas são as mesmas. Isso demonstra a força e coesão desse grupo, que, de fato foi muito importante para o início da SPI”, declarou Carlos Magno, presidente Sociedade Paulista de Infectologia. Por fim, ele lembrou a importância da retomada presencial do evento pós-pandemia, que facilita a interação humana. 

O evento prosseguiu ao longo do dia com palestras, mesas-redondas, visita e discussão de casos clínicos. A primeira palestra foi proferida por Carlos Magno sobre o caminho da pesquisa em Infectologia no interior do estado.