Leticia Garcia Aranhas, aluna do 4º ano do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, venceu o XI Prêmio Sérgio Arouca no 16º Congresso Internacional da Rede Unida. O evento foi realizado entre os dias 31 de julho e 3 de agosto de 2024, na Universidade Federal de Santa Maria (RS), e foi promovido pela Associação da Rede Unida.

O trabalho “Quando o usuário não ouve e não fala a minha língua: o cuidado à saúde e a pessoa surda” tem Leticia como primeira autora. A aluna desenvolve iniciação científica sobre o tema, sob orientação da professora Nubia Vianna, que também assina a publicação. São autores, ainda, pela Unicamp: Gabrielli Baldin, Giovanna Cordeiro, Maria Cecília Lima, Priscila Silva e Thaís Hein. Também participaram pesquisadores da Secretaria Municipal de Educação de Jundiaí e Hospital da PUC Campinas.

Segundo Leticia, o trabalho objetivou analisar a busca por cuidado de uma usuária surda, cuja comunicação se dá por meio da Libras, realizado na rede de saúde de Campinas. “O caso apresentado no congresso destacou a importância do trabalho vivo em ato de uma profissional, munida de tecnologias leves, leve-duras e duras; o papel da E-multi na Atenção Básica; a necessidade de conhecimento de Libras na caixa de ferramentas dos profissionais de saúde e a rede viva na busca por serviços pelos próprios usuários”.

“Esse prêmio foi oferecido dentro de um dos principais congressos de saúde coletiva. É particularmente importante para nós que estamos fazendo pesquisa sobre saúde auditiva, porque nos mostra que a nossa pesquisa é reconhecida, tem qualidade e está inserida nas discussões relevantes e atuais do campo, contribuindo diretamente para o avanço das práticas e políticas de saúde”, declarou Nubia. 

O 16º Congresso Internacional da Rede Unida teve como tema central “As mil e uma saúdes dos territórios: cuidados, bem viver, liberdade e democracia como atributos éticos da educação e do trabalho no SUS”. A Associação Rede Unida articula projetos, instituições e pessoas interessadas na construção coletiva de sistemas de saúde públicos, de acordo com os princípios da universalização, equidade, participação social, respeito à diferença, preservação da natureza e defesa da democracia.