A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e a Associação de Ex-alunos e Amigos da FCM (Alumni) entrevistaram, nessa semana, a doutora Giselle Coelho, egressa da Unicamp da 38ª turma de Medicina. Giselle é destaque no campo de inovações em Neurocirurgia. Atualmente é neurocirurgiã pediátrica do Hospital Sabará em São Paulo e diretora científica do Instituto EDUCSIM. Giselle é médica graduada pela Unicamp, doutora pela Faculdade de Medicina da USP e Harvard Medical School. Em 2021, iniciou o pós-doutorado, se tornando pesquisadora adjunta da Faculdade de Medicina da USP. Seus projetos de pesquisa e sua atuação como neurocirurgiã lhe renderam inúmeros prêmios.

Em sua área, Giselle destacou a questão do metaverso na possibilidade de agregar tecnologias.

“O avanço da Medicina hoje, na minha área de atuação, é espetacular. Eu vejo com muitos bons olhos o projeto do metaverso, por exemplo, na possibilidade de a gente fazer cirurgias e mentorias remotas. Isso será de extrema importância, especialmente para a formação neurocirúrgica, na qual eu posso ensinar e transmitir conhecimentos para outros estados que não tenham a mesma infraestrutura ou organização com os melhores professores. De uma certa forma, projetos como esse irão trazer uma equidade educacional, uma globalização do conhecimento. Será fundamental no futuro e de extrema importância para o tratamento dos pacientes”, disse.

Ela também recordou os anos de formação na Unicamp, que a guiaram nessa trajetória.

“Tive excelentes professores na Unicamp, que me marcaram para sempre. Tenho lembranças fantásticas de como aprendemos lições científicas e humanas, em relação ao diagnóstico e o quanto é importante ouvir o paciente. Foi uma das primeiras lições da faculdade, de fundamental importância. Sem dúvidas, a Universidade foi um divisor de águas na minha formação e carreira. A mola propulsora para que eu pudesse fazer ciência e desenvolver tecnologia de ponta hoje. Também encontro meus colegas hoje pelos hospitais e eventos, ‘brilhando no mundo’. Eles se desenvolveram ainda mais, mas a essência não muda”, recorda.

Foto: Giselle Coelho/Arquivo pessoal