Comitiva da Jica visita FCM
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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Uma comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e da Universidade de Chiba esteve na manhã desta quarta-feira (23) na diretoria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. O grupo foi recepcionado pelo diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad. A visita faz parte do projeto em andamento com o Hospital de Clínicas (HC) para o desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico de infecções fúngicas.

Pesquisadores da Unicamp e da Universidade de Chiba, do Japão, já trabalham no desenvolvimento de métodos para identificar fungos causadores de doenças, principais responsáveis pelas chamadas infecções oportunistas em pacientes com HIV e outras doenças imunodepressoras. O projeto, que começou em fevereiro de 2010, tem prazo de 3 anos.

“Nós temos um trabalho colaborativo com a Jica e a Universidade de Chiba há pelo menos 15 anos. Temos um convênio acadêmico bilateral. Eles vêm pelo menos três vezes ao ano para a Unicamp e nossos alunos de pós-graduação, médicos e professores estagiam de um a três meses na Universidade de Chiba”, explicou Maria Luzia Moretti, docente da FCM e coordenadora da seção de epidemiologia hospitalar do HC.

Masayuki Eguchi, representante sênior da Jica no Brasil, disse que o papel da agência é fomentar as pesquisas conjuntas por meio de equipamentos e materiais. “A Jica apoia viagens e estadia dos pesquisadores no Brasil e no Japão. Já passamos metade do caminho e temos certeza que teremos grandes teses de doutorado com resultado dessa parceria”, disse Eguchi.

O professor da divisão de pesquisa clínica do centro de micologia médica da Universidade de Chiba, Katsuhiro Kamei, disse que o intercâmbio entre as duas Universidades é sólido. Devido ao alto nível dos pesquisadores de ambas as faculdades, não há novas tecnologias opu conhecimento para ser transferido. “Há áreas de especialização. O que acontece são pesquisas colaborativas. O objetivo é proporcionar um melhor diagnóstico e tratamento aos pacientes em questão”, disse Kamei.

O Brasil é o segundo países a realizar transplantes no mundo e a população de pacientes imunodeprimidos aumenta a cada dia. As infecções fúngicas aproveitam a queda da imunidade para se estabelecerem e o diagnóstico, muitas vezes, é tardio. “O desenvolvimento de técnicas que possam fazer o diagnóstico precoce da infecção fúngica para uma abordagem terapêutica mais apropriada, contribui para um aumento da sobrevida do paciente e melhora da qualidade de vida”, disse Moretti.

Texto e fotos: Edimilson Montalti- ARP-FCM/UNICAMP

 



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