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UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS, COMPORTAMENTOS RELACIONADOS AO USO E DIFERENÇAS SÓCIOECONÔMICAS ENTRE PESSOAS COM HIPERTENSÃO NO BRASIL: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL.


Candidato(a): Brunna Raphaelly Amaral da Silva
Orientador(a): Karen Sarmento Costa

Apresentação de Defesa

Curso: Saúde Coletiva
Local: Sala Amarela CPG-FCM
Data: 30/01/2025 - 08:30
Banca avaliadora
Titulares
Karen Sarmento Costa
Paulo Sérgio Dourado Arrais
Margareth Guimaraes Lima
Tiago Marques dos Reis
Camila Nascimento Monteiro
Suplentes
Marco Antonio Catussi Paschoalotto
Lhais De Paula Barbosa Medina
Daniela de Assumpção

Resumo



Estima-se que, mundialmente, que 1,4 bilhão de pessoas têm hipertensão, e apenas 14 com níveis pressóricos controlados. A pressão arterial elevada é o principal fator de risco relacionado às doenças cardiovasculares. O objetivo geral desta pesquisa é analisar o perfil da utilização de medicamentos anti-hipertensivos no Brasil (primeiro artigo), os comportamentos relacionados ao uso de medicamentos (segundo artigo) e diferenças socioeconômicas entre pessoas com hipertensão (terceiro artigo). Trata-se de um estudo transversal de base populacional com dados públicos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) 2014, primeiro inquérito específico sobre medicamentos no Brasil, com amostragem probabilística dos residentes em áreas urbanas das cinco regiões brasileiras. A PNAUM teve a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (protocolo nº 18947013.6.0000.0008), e o projeto dessa pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unicamp (parecer nº 6.741.042). Foi realizado um recorte da população ³20 anos que relatou diagnóstico de hipertensão, indicação e uso de medicamentos para tratar a hipertensão no momento da entrevista. Para o primeiro artigo foram mantidas no estudo as pessoas em uso de fármacos classificados como anti-hipertensivos, conforme a classificação Anatomical Therapeutic Chemical. Foram classificados 44 medicamentos anti-hipertensivos utilizados pela população do estudo. Os mais utilizados em monoterapia foram os inibidores da enzima conversora de angiotensina (36,7 ) e bloqueadores dos receptores de angiotensina II (27,7 ). As frequências das combinações de dois anti-hipertensivos foram calculadas em preferenciais (61,5 ), possíveis mas menos testadas (29,7 ), outras combinações (7,8) e combinações não recomendadas (1 ). A combinação mais frequente de três fármacos foi diurético + betabloqueador + bloqueador dos receptores de angiotensina II (17,1 ). O uso de três ou mais anti-hipertensivos aumentou com a idade e foi mais prevalente entre pessoas com obesidade e três ou mais doenças crônicas. Destacou-se nesse estudo, o elevado percentual do uso de betabloqueadores diferente do recomendado em diretrizes nacionais e internacionais. Para o segundo artigo foi realizada análise descritiva e 95,6 dos hipertensos (com indicação de terapia medicamentosa e em uso de medicamentos no momento da entrevista) confiam no profissional médico para indicar medicamentos e no dentista (58,9 ), enquanto 92,6 afirmaram que não confiam em propaganda de TV, rádio ou outros meios de comunicação para a indicação de medicamentos. A prevalência de automedicação foi de 15,8 e, dentre os que se automedicam, já ter tomado o medicamento antes (69,9 ) e possuir o medicamento em casa (42 ) foram os principais motivos. O uso de 5 ou mais medicamentos (polifarmácia) foi estimado em 28,8 . Dos hipertensos em tratamento, 31,1 relataram enfrentar muita dificuldade para enxergar a bula, enquanto 23,9 consideraram muito difícil compreender seu conteúdo. Os resultados do estudo reforçam a necessidade de abordagens integradas e multiprofissionais para o cuidado de pessoas com hipertensão. No terceiro artigo o objetivo é estimar diferenças socioeconômicas nos comportamentos relacionados ao uso de medicamentos por pessoas hipertensas no Brasil. As variáveis região, escolaridade, situação econômica e plano de saúde estão sendo analisadas à luz dos comportamentos relacionados ao uso de medicamentos pelos hipertensos.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
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