As espécies de Aspergillus podem colonizar e infectar hospedeiros imunocompetentes e imunocomprometidos. A identificação convencional de fungos depende da análise microscópica e do crescimento do microrganismo no meio de cultura. Outros métodos de diagnóstico, não dependentes do crescimento, para infecções fúngicas invasivas, são os biomarcadores que detectam polissacarídeos circulantes, por exemplo, 1-3-β-D-Glucana e galactomanana (GM). Ambos são polissacarídeos presentes na camada externa da parede celular do fungo e podem ser detectados em amostras clínicas durante o crescimento do fungo no paciente. Este estudo teve como objetivo comparar a detecção de galactomanana dos métodos de ensaio de fluxo lateral (LFA) e ensaio imunoenzimático (EIA) no lavado broncoalveolar (LBA). O antígeno galactomanana no LBA foi mensurado através do GM-EIA de acordo com as instruções do fabricante (PLATELIA ASPERGILLUS™ BioRad) e GM-LFA de acordo com as instruções do fabricante (Galactomanana LFA IMMY). As 71 amostras foram LBA de pacientes internados no Hospital de Clínicas Unicamp (HC) entre 2019 e 2021, dessas amostras 12/71 (16,9 ) resultaram em GM-LFA positivo, em contrapartida, GM-EIA resultou positivo em 9/71 (12,6 ) amostras, diferença que não se mostrou estatisticamente significativa (p-valor=0,36). A comparação dos resultados dos dois ensaios identificou 8 divergências entre eles, cerca de 11 do total da amostra. A sensibilidade (73,3 ), especificidade (92,35 ), valor preditivo positivo (62,85 ) e valor preditivo negativo (95,15 ) do LFA foram calculados usando o GM-EIA como padrão. O LFA demonstrou bons resultados quando comparado com o ensaio EIA.