Qualificações e defesas - Detalhes


A CORRELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE COLESTEROL E A DOENÇA OCULAR TIREOIDIANA


Candidato(a): Caroline Cardo
Orientador(a): Danilo Glauco Pereira Villagelin Neto

Apresentação de Defesa

Curso: Clínica Médica
Local: Sala Verde - Prédio da Pós Graduação
Data: 14/02/2025 - 14:00
Banca avaliadora
Titulares
Danilo Glauco Pereira Villagelin Neto
Laura Sterian
Valéria Bahdur Chueire
Suplentes
Natassia Elena Bufalo
Sylka D'Oliveira Rodovalho

Resumo



Contexto: A doença ocular tireoidiana (DOT) é a complicação extratireoidiana mais comum da doença de Graves (DG). Estudos recentes sugerem uma possível associação entre a DOT e níveis elevados de colesterol total e colesterol LDL.

Métodos: Foram coletados dados de pacientes diagnosticados com DG entre 1999 e 2021, tratados exclusivamente com metimazol, excluindo-se outros tratamentos. Analisamos exames laboratoriais e informações sobre atividade física, hábitos tabagistas, uso de estatinas e medicamentos que poderiam afetar o perfil lipídico durante o estado eutireoideo dos pacientes.

Resultados: O tabagismo está associado tanto à atividade quanto à severidade da doença. Da mesma forma, níveis elevados de colesterol LDL estão correlacionados com maior atividade e severidade da doença. O modelo de regressão logística revelou uma associação significativa entre colesterol LDL, colesterol total e pontuações mais altas de Clinical Activity Score – Score de Atividade Clínica (CAS) (p = < 0.01 OR 1.012/ IC 95 1.003;1,021 e p = < 0.01 OR 1.010/ IC 95 1.002;1.018, respectivamente), bem como formas mais severas da doença segundo os critérios EUGOGO (p = < 0.01 OR 1.015/ IC 95 1.006; 1.024 e p = < 0.005 OR 1,011/ IC 95 1.004;1.019). Análises de regressão múltipla demonstraram que a atividade da DOT foi significativamente correlacionada com o colesterol LDL (p = < 0.01) e o status em relação ao tabagismo (p = < 0.01). Além disso, a severidade da doença foi associada a uma redução no colesterol HDL (p = < 0.05; OR 0.973; IC 95 0.948–0.999), aumento do colesterol LDL (p < 0.005; OR 1.013; IC 95 1.004–1.023) e tabagismo ativo (p < 0.05; OR 2.881; IC 95 1.190–6.971).

Conclusão: O colesterol LDL pode ser um indicador potencial para a DOT. São necessárias mais pesquisas para determinar se o tratamento para redução do colesterol pode diminuir o risco de DOT e melhorar seu manejo clínico.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
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Acesso:
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