A Comissão de Graduação em Medicina, juntamente com o Escritório de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e a Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) da Unicamp, promoveram na noite de quarta-feira (17), no anfiteatro 1 da FCM, um encontro sobre internacionalização e o programa Ciência sem Fronteiras (CsF). O evento contou com a participação de veteranos da medicina recém-chegados de Universidades estrangeiras e calouros interessados em participar do programa, além do conferencista e professor visitante Rao Ivatury, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos.
De acordo com o coordenador do internato médico da FCM, Gustavo Pereira Fraga, anfitrião do evento, o objetivo do encontro é estimular a participação dos estudantes de medicina no programa CsF e compartilhar experiências. “O prazo final para a submissão de propostas é outubro desse ano. Quem tiver interesse deve prestar atenção nos prazos, requisitos e editais”, lembrou. Na ocasião, o coordenador do curso de graduação em Medicina da FCM, Emílio Baracat, disse que só nessa semana assinou 10 pedidos de alunos interessados em ir para alguma Universidade estrangeira pelo CsF.
Esse é o sonho de Fernanda Teramotto, primeiranista do curso de Medicina, que tem amigos de outros cursos que participam do programa Ciência sem Fronteiras. Sobre a maneira como os alunos do curso de medicina podem ingressar no CsF, ela tem dúvidas. “Estou aqui para conhecer mais sobre o programa. Estou estudando francês e domino o idioma inglês”, disse. Amanda Ito, também aluna do primeiro ano do curso de Medicina da FCM, disse que a possibilidade de intercâmbio sempre lhe chamou a atenção, mas que também não conhece muito bem os requisitos do programa CsF. “Se eu tiver a oportunidade de estudar em outro país de língua inglesa, irei tentar”, disse.
Angélica Tiegs, aluna do segundo ano do curso de Fonoaudiologia, já está acompanhando alguns editais e buscando informações com veteranos que estão no exterior. A busca de uma universidade de língua inglesa com boa reputação tecnológica e inovadora no ensino de Fonoaudiologia é o que ela espera encontrar para tentar o CsF. “Além disso, penso na experiência de vida que poderei adquirir”, disse.
O veterano Ricardo Mondoni Madureira acaba de voltar da Universidade de Aberdeen, do Reino Unido. Durante um ano, ele participou de cursos básicos de biomedicina e estágio em ciências. Num final de semana, Ricardo conseguiu até participar de uma maratona em Paris. “É um ano que abre a nossa cabeça, mas é preciso ter empenho e dedicação”, revelou. Karen Hiromi Mori ficou um ano nos Estados Unidos e sua rotina nos seis primeiros meses era estudar no período da tarde e participar de eventos culturais à noite; nos outros seis meses, foi estagiar das 7 às 19 horas no hospital. "Foi cansativo, mas valeu a pena. Pude comparar como é o ensino da Medicina lá e aqui", relatou.
A coordenadora da mobilidade estudantil do programa CsF na Unicamp, Laura Sterian Ward, mostrou em sua apresentação que a maioria dos alunos escolhem universidades “clássicas” da Europa ou dos Estados Unidos. Entretanto, ressaltou a assessora da Vreri que também é docente da FCM, os alunos de Medicina, Fonoaudiologia, Enfermagem e Farmácia devem cogitar outras Universidades que oferecem excelentes oportunidades e estruturas acadêmicas. “Sugiro que vocês vejam também os editais para Universidades da Itália, Suécia e China. Estamos preparados para auxiliá-los na escolha e tirar possíveis dúvidas”, disse.
O coordenador da Vreri, Luis Augusto Barbosa Cortez, presente também no encontro, lembrou aos alunos que eles devem aprender mais sobre o Brasil, sobre a Unicamp e sobre Campinas, uma vez que serão os representantes do país e da instituição assim que forem para o exterior. “A internacionalização começa dentro de cada um. Essa experiência pode mudá-los e influenciar a sociedade”, disse.
Na parte final do evento, os alunos de Medicina que já participaram do programa CsF relataram suas experiências e deram dicas para quem pretende ir para alguma universidade estrangeira. O diretor associado da FCM, Roberto Teixeira Mendes, parabenizou a iniciativa e espera que “a cultura do intercâmbio se perpetue na faculdade”.