Patrimônio global de dados humanos

Jason Bobe e Misha Angrist estiveram na tarde desta terça-feira (14) no anfiteatro da pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp ministrando as palestras “Projeto Genoma Pessoal: criação de um patrimônio global de dados humanos” e “Então veio o que eu não poderia explicar: dados, expectativas e genomas pessoais”. Eles vieram a convite do Laboratório de Genética Molecular do Departamento de Genética Médica e do programa de pós-graduação em Fisiopatologia Médica da FCM da Unicamp.

Projeto Genoma Pessoal (PGP) busca tornar o sequenciamento de DNAs individuais mais barato e acessível a partir da combinação da sequência genética de várias pessoas. O objetivo do programa é criar recursos para pesquisadores que investigam a base genética de doenças e de características do organismo. Os participantes do Projeto Genoma Pessoal tornam público os seus dados genéticos e médicos através do "consentimento livre".

Jason Bobe é diretor-executivo da PersonalGenomes.org e diretor da Comunidade para o Projeto Genoma Pessoal do laboratório de George Church da Harvard Medical School. É co-fundador da DIYbio.org, uma organização que tem como objetivo ajudar a tornar a biologia mais acessível para cientistas, cidadãos e biólogos amadores.

Misha Angrist é blogueiro e professor assistente do Institute for Genome Sciences & Policy e doutor em genética da Case Western Reserve University e mestre em aconselhamento genético da Universidade de Cincinnati.

“Reflito sobre as origens do PGP, sua evolução, os desafios que ela representa e enfrenta e como os genomas pessoais podem se tornam mais acessíveis no futuro”, disse Jason.

"Eu suspeito que a maioria das nossas crianças terão varreduras de genoma como parte da rotina de seus cuidados de saúde. Quero entender o que o mundo pretende e quer fazer com isso", disse Misha.

Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp