James Hillman foi o grande re-leitor da obra de Carl Gustav Jung. Desejando voltar às ideias que embasaram a psicologia Junguiana—retirando a rigidez metódica que parecia haver tomado conta—Hillman retomou os gregos, a importância da visão politeísta como fundadora do ocidente e, talvez seu legado mais importante, a alma, contrapondo-se ao espírito. Hillman olhou verticalmente para o lado contrário, não para o ideal, o superior, um Deus inalcançável acima de todos, mas para baixo, para o Sul, onde há dúvida, tensão, incoerência e, consequentemente, uma humanidade mais próxima de sua natureza esquecida.
Hillman nunca esteve no Brasil, neste sul caótico tão falado por ele e, infelizmente, nos deixou ano passado. Seu legado, porém, continua vivo nos professores que espalham suas ideias dentro e fora de nosso país.
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Contudo, nos dias 15, 16 e 17 de março de 2013, a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp receberá em seu maior auditório, profissionais de destaque em diferentes áreas como Filosofia, Educação, Psicologia e Literatura, que estudaram, ouviram, conviveram e trabalharam com James Hillman, celebrando a vida e a obra que ele nos deixou. O Tributo a James Hillman começará com a realização de um ritual de abertura na sexta-feira à noite, especialmente criado pela Dra. Maren Hansen. Logo após, o fundador da Pacifica Graduate Institute, Dr. Stephen Aizenstat, fará a palestra inicial. No sábado, o Tributo contará com palestras o dia todo, abordando a Psicologia Arquetípica, fundada por Hillman, em diversas áreas de interesse. Ao final deste segundo dia, todos se reunirão numa homenagem mais íntima, emocionante, de duas horas de duração. Para esta homenagem, cada convidado contará um pouco de sua relação com Hillman em textos mais pessoais. Em seguida, o filho de James Hillman, Laurence Hillman, apresentará uma palestra de uma hora sobre a vida de seu pai, sua ligação com ele e com a Astrologia Arquetípica. |