Começou nesta terça-feira (4) no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp o III Fórum de Geriatria e Gerontologia. O evento segue até amanhã (5) com especialistas e pesquisadores em palestras e conferências sobre a fragilidade do idoso. A conferência de abertura foi proferida pro Anita Liberalesso Neri, professora do curso de pós-graduação em gerontologia da FCM.
Ela projetou dados sobre os indicadores socioeconômicos e fragilidade do idoso. Para o levantamento dos dados três domínios de vulnerabilidade foram avaliados: o econômico, o social e o individual. Na parte econômica foram avaliados os idosos que usam serviços médicos e odontológicos, tempo de internação e uso de medicamentos. No social, a renda, escolaridade, analfabetismo, gênero e moradia foram levados em consideração. No individual, doenças, sintomas, alimentação, risco cardiovascular e depressão constaram da pesquisa, feita com 2.597 idosos.
“O que apareceu influenciando com mais força as piores avaliações de saúde foi o uso de medicamento, o fato de não usar serviço odontológico e a utilização dos serviços públicos de saúde. Os idosos com menor renda e os analfabetos avaliaram sua saúde como ruim. De certa maneira, vantagens geram vantagens e desvantagens geram desvantagens e os determinantes socioeconômicos e individuais dependem das condições macroestruturais que os cercam”, disse Anita.
Amanhã, as palestras focam na sobrevida de idosos frágeis, anemias, doença aterosclerótica, síndrome metabólica, autoavaliação de saúde, conceitos sobre valorização da vida, representações sociais de felicidade e satisfação com as relações sociais.
A organização do III Fórum de Geriatria e Gerontologia está a cargo do Departamento de Clínica Médica da FCM, do programa de pós-graduação em Gerontologia e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Regional São Paulo.Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp