A preservação de documentos digitais é um dos grandes desafios do século XXI. Pesquisadores em várias partes do mundo estão desenvolvendo modelos do que seria a infraestrutura para a preservação a longo prazo de informação em formato digital. Desde 2006, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp conta com uma Comissão Setorial de Arquivos que tem como responsabilidade a implantação e o acompanhamento do programa de gestão documental e da preservação da memória da faculdade. A Resolução GR-17/2011 estabelece diretrizes e define procedimentos para a gestão, a preservação e o acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais da Unicamp.
Para falar sobre esse tema, Andressa Cristiani Piconi, analista de desenvolvimento de sistemas e supervisora da área de informática do Arquivo Central do Sistema de Arquivos (Siarq) da Unicamp, esteve nesta quarta-feira (19) no Salão Nobre da FCM a convite da Comissão Setorial de Arquivos e Centro de Memória da FCM. Andressa integra a equipe de desenvolvimento do Sistema de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD) da Unicamp, o Grupo de Trabalho sobre Repositório Digital da Unicamp e o projeto InterPARES 3 como assistente de pesquisa dos estudos de caso da Unicamp.
“A GR-17 aborda o gerenciamento de e-mails, ofícios, pareceres, teses e imagens, por exemplo. Essas orientações vão nortear a padronização e destinação do documento digital. A partir de maio de 2012, o SIGAD, que é um sistema de captura, monitoramento e consulta de documentos digitais deverá ser implantado na Universidade”, disse Andressa, que demonstrou como sistema funciona.
O assistente técnico de direção do Arquivo Central do Siarq, Fábio Rodrigo Pinheiro da Silva, disse que a FCM é a unidade que mais atua, efetivamente, na gestão documental, investindo em recursos físicos e capacitação profissional dos funcionários que atuam nesta área. “A FCM é a unidade modelo que serve de parâmetro dentro na gestão e preservação de documentos dentro e fora da Unicamp”, disse Fábio. Para a diretora-associada da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, ser uma unidade modelo dentro da Unicamp traz consigo uma responsabilidade maior que precisa manter o tema aquecido. O avanço da tecnologia é bem-vindo, mas traz consigo outros problemas que precisam ser enfrentados juntos, como a limitação de acesso por não pensar em como localizar informações no futuro. “Com tanta tecnologia na mão, se não tiver um gerador para manter a energia elétrica, como é que fica?”, indagou Rosa em tão de exemplo.
Aquarelas e técnicas
A artista Jo Mengai nasceu na China, morou na Amapá e desde 2002 pinta com lápis grafite, lápis de cor, giz pastel, nanquim bico-de-pena, aguada de nanquim, aquarela e óleo sobre tela. Seus temas favoritos são paisagens brasileiras, rios, marinhas e felinos. Ela trouxe 20 quadros para a exposição Aquarelas e técnicas, aberta nesta quarta-feira (19) no Espaço das Artes da FCM.
“Para esta exposição, eu fiz a seguinte experiência: peguei a mesma imagem de tulipa e reproduzi em seis técnicas diferentes: lápis de cor, pastel, aquarela, grafite, bico-de-pena e aguada de nanquim. Por isso o nome da exposição ser este”, explicou Jo.
A exposição Aquarelas e técnicas fica até o dia 11 de novembro, das 8h30 às 17h30, no Espaço das Artes da FCM, à rua Tessália Vieira de Camargo, 126, cidade universitária Zeferino Vaz, distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP. Entrada franca.
Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/UNICAMP
Fotos: Mário Moreira - CADCC-FCM/UNICAMP