“A obesidade crônica é caracterizada por complexas relações entre a estrutura física, o metabolismo e as adaptações neurais. A vida fetal e pós-natal parece que têm uma forte relação com os problemas cardiovasculares”, disse o professor e pesquisador James Armitage, da Monash University da Austrália, durante palestra realizada nesta quinta-feira (22) na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Armitage foi convidado pelo curso de pós-graduação em fisiopatologia médica da FCM para apresentar suas linhas de pesquisa sobre obesidade e hipertensão neurogênica.
Usando modelos experimentais em animais para entender como os fatores da dieta materna, particularmente de gordura, proteína e micronutrientes pode programar as doenças cardiovasculares e obesidade nos bebês, Armitage, em uma de suas pesquisas, estuda o funcionamento do hipotálamo como condutor de impulsos nervosos que ativam o apetite.
“A obesidade e a hipertensão estão aumentando ao redor do planeta e elas têm uma forte relação com a pobreza. Uma dieta balanceada na gravidez pode evitar riscos futuros para as crianças, principalmente a alteração do triglicérides. O ômega 3 tem se mostrado uma boa alternativa para o controle durante a gestação”, explicou Armitage.