Ela disse ainda que mesmo com os números oficiais, o que vemos é que uma porcentagem maior de jovens, mas ainda são dados preliminares. "Temos, segundo os dados, mais de 1 mil exames esperando para ter resultado. Tanto de suspeitos e um tanto destes será de óbitos".
A fotografia que estamos vendo, disse Raquel, é um esboço de um quadro muito inicial. "Pode ser que reflita o que vai ser. O vírus pode ter um comportamento diferente. Com apenas três meses de conhecimento da doença. Mas estávamos esperando o mesmo comportamento do hemisfério norte. Mas com estes dados, não podemos ter ainda uma conclusão", explicou.
Para a professora, o que se pode dizer é que Campinas parou antes as aulas e universidades, o que favorece a cidade. "Então, estamos 'atrasados'. Você diminui a circulação de pessoas. Isso colabora, mesmo tendo um número represado de exames", disse.
Ela afirmou ainda que gostaria de ser otimista, mas que o conhecimento da doença mostra que isso não ocorrerá. "Podemos ter um cenário mais otimista se conseguirmos convencer, por bem ou mal, que as pessoas têm que ficar em casa. A disseminação e velocidade dos casos é nossa responsabilidade. Temos que lavar as mãos e se for preciso sair de casa, com máscara e álcool em gel. É um mantra, de todos nós", afirmou.