Durante três dias, professores e alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp tiveram uma experiência de imersão total em inglês. Eles participaram do Intensive Course e do II Symposium of Student Exchange, coordenado pelo Escritório de Internacionalização da FCM, com o apoio da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) da Unicamp.
O Intensive Course foi ministrado por Carlos Fernando Collares, Hilly Marijke Sophie van Santen Hoeufft e Mark Joannes Geardus Govers, da Universidade de Maastricht, Holanda. A abertura do curso, ocorrido na segunda-feira (16), contou para presença do coordenador do Escritório de Internacionalização, Rodrigo Bueno de Oliveira; do diretor da FCM, Ivan Felizardo Contrera Toro e do coordenador da Vreri, Luis Augusto Barbosa Cortez.
“Queremos tornar a FCM uma referência no assunto de internacionalização. O curso de medicina é difícil de internacionalizar pela intensidade da carga didática. Se fizermos isso, seremos pioneiros e modelo no Brasil. Não vamos poupar esforços para que isso se concretize”, disse Cortez.
O II Symposium of Student Exchange aconteceu na terça-feira (17), no anfiteatro 1 da FCM. O foco foi a experiência internacional de quem participou do programa Ciência Sem Fronteiras e as possibilidades de intercâmbio para alunos graduação e pós-graduação de Medicina e médicos residentes.
Rodrigo Bueno de Oliveira apresentou a nova estrutura do Escritório de Internacionalização e as metas para os próximos dois anos. “Estamos fechando convênios com algumas escolas médicas da Europa para intercâmbio dos alunos de Medicina. A Universidade do Porto, em Portugal, e a Universidade de Maastricht, na Holanda, são duas delas”, revelou. (Veja mais na página do Escritório de Internacionalização da FCM).
Simpósio de intercâmbio
Alunos de Medicina da FCM que ficaram um ano no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF) relataram suas experiências e compartilharam dicas para quem pretende estudar fora do país.
Caroline Trindade Cardoso ficou na Université de Caen Basse-Normandle, na França; Victor San Martin Carvalho Correa ficou na Glasgow Caledonian University, Escócia, Reino Unido; Mateus de Oliveira Taveira ficou em Harward, Estados Unidos; Camila Ayumi Amano Cavalari na University of Roehampton, em Londres, Inglaterra e Ana Beatriz Onofre Chen ficou em Charité Universitatsmedizin, em Berlim, na Alemanha.
Camila Cavalari revelou que o sentimento de pertencimento à turma é forte, mas que apostou em viver um ano exterior após conversar com uma amiga que voltou do programa CsF. “Esse um ano fora da FCM foi importante para desacelerar um pouco e ver como eu gostava daqui”, revelou. “O planejamento é fundamental para você aproveitar ao máximo o período que ficar no exterior”, disse Victor Correa.
Já Caroline Cardoso disse que o aluno precisa ser pró-ativo para desempenhar todas as atividades. “Lá eles não são paternalistas. Se você não perguntar, ninguém vai te falar”, completou. Mateus Taveira disse que “é preciso sair da zona de conforto” se quiser fazer medicina no exterior. “Você vai passar dificuldades e vai precisar se virar sozinho. Deve estar aberto a novas experiências”, comentou Ana Beatriz Chen.
Para 2016, a VRERI pretende dobrar o número de cursos intensivos em inglês e realizar ao menos 50 cursos, um no primeiro semestre e outro no segundo semestre. A VRERI lança na próxima semana os editais de mobilidade internacional para docentes, alunos e funcionários da Unicamp para 2016.