Desde maio deste ano, a Unicamp – ao lado da PUC-Campinas – tornou-se instituição supervisora do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB), sendo responsável pela tutoria e supervisão acadêmica dos médicos brasileiros e estrangeiros que atuam no projeto. Na última terça-feira (7), tutores de ambas as Universidades estiveram na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp para o I Encontro de Supervisores do PMMB, que reuniu profissionais atuantes no Mais Médicos, em Campinas e região.
De acordo com o diretor associado da FCM, Roberto Teixeira Mendes, a oportunidade de trabalhar no programa é um campo que se abre à formação dos futuros profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fonoaudiólogos e enfermeiros. “Essa diretoria tem toda a intenção de desenvolver a formação dos nossos alunos na rede básica de saúde e unidades públicas de pronto-atendimento. A FCM é, hoje, parceira do Programa Mais Médicos”, disse.
Teixeira também falou sobre os impactos no campo do ensino, decorrentes de diretrizes recentes no campo da Saúde. Até 2018, aos menos 30% da carga horária do internato médico, bem como a atuação de médicos-residentes que estiverem cursando o primeiro ano de Medicina Geral de Família e Comunidade, deverão ocorrer no âmbito dos serviços de Atenção Básica, Urgência e Emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Nós estamos enxergando o futuro. Somente a FCM tem 120 residentes cursando o primeiro ano. Se contarmos a PUC-Campinas e os demais hospitais da cidade, nós teremos mais de 200 residentes no primeiro ano que terão que ingressar na rede. É uma oportunidade para melhoramos a formação e o serviço assistencial”, destacou.
Representando a reitora da PUC-Campinas Angela de Mendonça Engelbrecht, o professor Aguinaldo Gonçalves disse que a articulação entre a academia, serviços de saúde e programas estatais é muito bem-vinda e que a região de Campinas, nesse sentido, reveste-se de um pioneirismo muito peculiar, em que as universidades e as municipalidades têm atuado de forma articulada. “O desafio não é pequeno, seja do ponto de vista geográfico, seja do ponto de vista institucional. Sabemos das dificuldades para atuar de maneira integrada, porém, as propostas de ação conjunta têm superado tais obstáculos”.
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