O Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Centro Integrado em Pesquisa Oncohematológicas da Infância (Cipoi) da Unicamp realizou na sexta-feira (19) uma oficina de culinária para pessoas portadoras de fenilcetonúria, como forma de adesão ao tratamento. A fenilcetonúria é uma doença crônica rara cujo tratamento envolve uma importante restrição alimentar e alterações de hábitos cotidianos, com repercussões sobre toda a família.
De acordo com os organizadores, o objetivo foi permitir que cuidadores de crianças diagnosticadas há alguns anos, e portanto mais adaptadas às rotinas do tratamento, ensinassem a famílias de diagnóstico mais recente como preparar receitas com baixa quantidade de fenilalanina.
“Durante as consultas é frequente a associação entre baixa adesão ao tratamento e queixas como a pouca variedade e o alto custo de alimentos especiais disponíveis no mercado e a dificuldade em poder frequentar eventos sociais sem transgredir a dieta”, explicou a psicóloga Vivan Dutra.
O curso foi realizado em parceria com a Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp na cozinha experimental do DEPAN, e contou com a presença de 14 familiares e cuidadores de pacientes, além das médicas, nutricionista e psicóloga responsáveis pelo ambulatório. A oficina teve no cardápio a preparação de kibe de berinjela, bolo de cenoura e bife de legumes e mostrou que com um pouco de criatividade e disposição é possível ter uma rotina alimentar saudável e muito próxima daquela de quem não tem a doença.