Aluno da FCM recebe honraria da Universidade de Harvard

O aluno Mateus Taveira, do último ano do curso de graduação em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, foi agraciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard (Boston, EUA) com o certificado “Honras com Distinção”, após uma temporada de dois meses de estágio na instituição, com destacada atuação nas áreas de Hematologia, Oncologia e UTI Cardiológica.

No período dos estágios em “Hematologia e Oncologia” e “Cardiologia”, o estudante da FCM era o único graduando da equipe e foi acompanhado de perto por dois professores, seis residentes e dois fellows. “Em ambos os estágios eu era considerado parte integral da equipe, sendo mais exigido. Apesar disso, quando você é bem recebido, o trabalho é muito mais gratificante”, destacou.

Para quem deseja seguir carreira no exterior, Mateus explica que é essencial entender o funcionamento do sistema de saúde e as peculiaridades da prática médica do país de destino. “Independentemente da motivação do aluno, ter uma experiência clínica com contato direto com os pacientes faz com que ele passe a refletir de forma crítica sobre as soluções que outros países encontraram para oferecer saúde à sua população, em contextos sociais e políticos diferentes do que temos no Brasil. Pensar de uma maneira diferente e abordar o problema com outra visão é o grande valor de realizar um estágio no exterior”.

Buscar comparações entre a universidade brasileira e a norteamericana não é tarefa simples, de acordo com o estudante da FCM. “São contextos sociais, financeiros, de políticas de saúde e de ensino completamente diferentes”, disse Mateus. Apesar disso, de acordo com ele, ambas as faculdades se parecem em alguns aspectos. “As patologias são as mesmas, o raciocínio clínico é o mesmo, os tratamentos (em teoria) são os mesmos e etc”.

O estudante acrescentou ainda que a Unicamp forma muito bem seus estudantes, com aulas e professores de excelência. “Nosso ponto forte é saber lidar com incertezas, adaptando-as ao nosso cotidiano. Enquanto lá fora, geralmente, descartam-se todos os diagnósticos diferenciais, aqui somos mais econômicos e deduzimos, a partir de menos recursos e testes”, observou.