“A avaliação do corpo docente deve ter como base critérios objetivos”, afirma especialista da Universidade de Virginia
Convidada do IV Seminário Internacional sobre Carreira Docente nas Profissões da Saúde, realizado na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a conselheira sênior para Assuntos Educacionais da Escola de Medicina da Universidade de Virginia, Maryellen Gusic, reforçou a necessidade das instituições de estabelecer critérios explícitos e objetivos para a avaliação do corpo docente.
Dentre as vantagens da iniciativa, a especialista norte-americana destacou o efeito catalisador desencadeado pelos processos de avaliação. “Os professores passam a ter maior entendimento em relação às próprias expectativas de atuação, os supervisores compreendem melhor como os docentes estão sendo avaliados e há uma melhora em todas as áreas de atuação da instituição a partir do momento em que a excelência é definida”.
De acordo com Gusic, o estabelecimento de critérios objetivos de avaliação de desempenho deve ter em conta a transparência da informação no que se refere ao processo como um todo. “Ainda falta clareza em relação às regras do jogo”, afirmou a pesquisadora, enfatizando que o primeiro passo nesse sentido está na articulação das atividades desenvolvidas pelos docentes com as diferentes áreas de atuação da instituição.
“É preciso buscar congruência entre as responsabilidades de trabalho e as expectativas de desempenho, lembrando que estas últimas devem abordar os diferentes domínios da atuação acadêmica”, destacou Gusci, citando como exemplos, o ensino, o desenvolvimento de currículos, a orientação e aconselhamento, a avaliação da aprendizagem e as atividades de administração e liderança.