Nesta semana, estudantes do terceiro ano do curso de graduação em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp retornaram às atividades práticas após terem sido vacinados contra a Covid-19, há cerca de 15 dias. Há mais de um ano, escolas médicas de todo o Brasil têm enfrentado o desafio de continuar a formar profissionais de excelência no contexto de enfrentamento da pandemia, cujo distanciamento social é um dos principais recursos utilizados para conter a circulação do vírus.
“Para que possamos seguir formando médicos durante a pandemia, é importante garantir que todos os alunos sejam vacinados. O curso de Medicina tem grande carga horária de prática clinica insubstituível para a formação do médico, sobretudo nos últimos anos do curso. Nesse período de pandemia, conseguimos manter as atividades do Internato quase que integralmente, quando ainda não havia a disponibilidade de vacina”, disse a coordenadora do curso de Medicina da FCM, Joana Fróes Bragança Bastos.
Com a chegada das vacinas ao Brasil, no início desse ano, e a reserva de doses para a Unicamp, Joana conta que a FCM conseguiu dar início ao processo de vacinação dos estudantes de Medicina e Fonoaudiologia. Quase a totalidade dos alunos já foi vacinada pelo menos com a primeira dose. Além dos graduandos, a faculdade também tem a expectativa de muito em breve, também ter vacinados os professores e os profissionais de outras áreas de atuação, além de médicos e enfermeiros, que também constam nos currículos dos cursos e são essenciais à formação dos profissionais médicos e fonoaudiólogos.
“É muito importante frisar que a vacinação é fundamental, não apenas na proteção dos estudantes e profissionais de saúde, como também dos pacientes que frequentam nossos serviços assistenciais, diariamente”, disse Joana – que ao lado do atual secretário municipal de Saúde e também docente da FCM, Lair Zambon – publicou, recentemente, um artigo sobre essa temática no jornal O Correio Popular, de Campinas, intitulado “A formação de profissionais de saúde para o período pós-pandemia: o tempo é de ação e não omissão”.
Na publicação, Joana e Lair estimam que o aumento da demanda dos serviços de saúde após a pandemia vai permanecer por um grande período de tempo, considerando não apenas os atendimentos represados, como também as complicações e sequelas decorrentes da própria Covid-19. “Precisaremos estar preparados para enfrentar a pandemia e, também, os imensos desafios que ainda estão por vir, garantindo um fluxo contínuo de formação de profissionais qualificados”, escreveram. Leia o artigo completo, aqui.
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