A BIOinFOOD, empresa-filha da Unicamp, foi selecionada no Programa de Subvenção Econômica à Inovação, lançado pela Finep, financiadora de inovação e pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Em parceria com o Laboratório de Genômica e bioEnergia (LGE), da Unicamp, a startup vai desenvolver o protótipo do novo modelo de teste rápido a partir da saliva que usa leveduras para o diagnóstico da Covid-19, chamado CoronaYeast.
Os pesquisadores da Unicamp serão responsáveis pela criação de nova cepa, a partir da família de leveduras mais comum, a Saccharomyces cerevisiae, usada na produção de pães, cerveja e etanol. Os inventores da patente explicam que vão incluir um gene repórter no microrganismo que muda de cor quando entra em contato com o coronavírus. A ideia é que as pessoas possam fazer o teste em casa de forma segura, se necessário várias vezes na semana, a partir da coleta de amostras de saliva e, também, para detecção de contaminação em superfícies.
A principal vantagem do biossensor sobre o atual teste RT-PCR é o custo baixo de produção do insumo. Em condições ideais esses microrganismos se multiplicam rapidamente. Além disso, o novo kit tem autonomia em relação ao uso de reagentes.O valor ainda não foi estimado, mas a expectativa é de que o biossensor seja até 100 vezes mais barato. Se a teoria se confirmar nos próximos meses, o processo poderá ser flexibilizado para a detecção de outras doenças.
Matéria publicada originalmente no site da Agência de Inovação e no Portal da Unicamp.
Edição do Texto: Edimilson Montalti
Assessoria de imprensa da FCM Unicamp