VII Semana de Pesquisa da FCM acontece até quinta (22) com 118 trabalhos inscritos

Começou nesta segunda-feira e vai até a próxima quinta-feira (22), na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a VII Semana de Pesquisa. Diariamente, das 12 às 14 horas, acontece no Espaço das Artes da FCM a avaliação dos 118 trabalhos inscritos e aprovados. Os cinco melhores trabalhos serão premiados no dia 22 de maio, às 15 horas, no Salão Nobre da FCM. Veja a relação de trabalhos inscritos na VII Semana de Pesquisa.

Essa semana é realizada pela Câmara de Pesquisa e visa promover a divulgação da produção científica da FCM entre os docentes, alunos de graduação e de pós-graduação e médicos-residentes. O objetivo é mostrar o que está acontecendo em termos de pesquisa e estimular discussões e possíveis interações e colaborações entre os diferentes grupos da FCM.

“Por experiência própria, muitas colaborações surgiram de trabalhos apresentados aqui na Semana de Pesquisa. Às vezes você fica imerso na sua área de trabalho e esquece que têm laboratórios fazendo pesquisas complementares às suas e que você pode colaborar”, disse a pesquisadora Íscia Lopes-Cendes e membro da comissão organizadora da VII Semana de Pesquisa.

Outro ponto apontado pela coordenadora do Laboratório de Genética Molecular é que a Semana de Pesquisa é uma oportunidade para os alunos de graduação apresentar seus trabalhos. Já os alunos de pós-graduação – que tem um pouco mais de experiência – podem mostrar as pesquisas que estão fazendo dentro da faculdade.

Guilherme Rossi, aluno do programa Médico Pesquisador irá apresentar na quinta-feira um trabalho independente que fez sobre sintomas depressivos e qualidade de vida em pacientes com anemia falciforme. “É a primeira vez que trago um trabalho para a Semana de Pesquisa e acho importante valorizar esse sentimento investigativo”, disse.

Gabriel Ayub, quartoanista do curso de medicina, inscreveu um trabalho na Semana de Pesquisa. Na opinião do aluno de graduação, tem muitos trabalhos que acabam não ficando em evidência e a Semana de Pesquisa é a chance de apresentar o que estão pesquisando e treinar a falar em público. “Quando eu for apresentar um trabalho num congresso nacional ou internacional representando a Unicamp, já terei passado por uma experiência que me qualifique um pouco mais”, disse.

Marli Elisa Nascimento Fernandes, funcionária do serviço social do Hospital de Clínicas e aluna de doutorado na área de Ciências da Cirurgia, apresenta na Semana de Pesquisa os fatores que influenciam as famílias a doarem os órgãos para transplante. “Esse é a minha segunda participação na Semana de Pesquisa. As sugestões dos avaliadores enriquecem nosso trabalho. Inclusive, em julho, estarei apresentando esse trabalho em Londres, durante o congresso internacional de transplante e doação de órgãos”, disse.

Para o professor Marcos Tadeu Nolasco, avaliador desde a primeira edição da Semana de Pesquisa, a qualidade dos trabalhos apresentados tem evoluído ano a ano. Na opinião de Nolasco, a Semana de Pesquisa é importante para o trabalho e para a maturação afetiva dos alunos, considerando que muitos são jovens.

“A faculdade proporciona ao corpo docente e discente apresentarem os resultados de pesquisa original, receber críticas e elogios. Isso faz parte da formação de qualquer indivíduo, independentemente dele vir a ser ou não um pesquisador no futuro. Dentre os trabalhos que vou avaliar, tenho que achar um que está melhor. E não é fácil. Tem muita pesquisa boa”, revelou Nolasco.