Pesquisadores do Brasil, Canadá, Espanha e Estados Unidos participam até quarta-feira (21) do simpósio “Recovery e Reabilitação Psicossocial” que acontece no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A abertura do evento foi conduzida pela professora do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, Rosana Onocko Campos e coordenadora do grupo de pesquisa Saúde Coletiva e Saúde Mental: Interfaces, criado em 2003.
“Nos últimos cinco anos estamos trabalhando num projeto conjunto com a Universidade de Montreal e parceiros brasileiros e uma das questões discutidas no último ano foi o tema Recovery. O seu conceito ainda não é bem estabelecido no Brasil. Não sabemos se a palavra pode ser traduzida e qual o ponto de contato com o nosso processo mais familiar que é o da reabilitação psicossocial”, disse Rosana.
Recovery é um conceito tradicionalmente usado na cultura anglo-saxã na área de saúde mental e pouco difundido nos países de cultura latina. No Brasil, a tradição da reforma psiquiátrica apoia-se no conceito de reabilitação psicossocial, tradição a ser discutida quanto às semelhanças e diferenças em relação ao Recovery.
A primeira mesa-redonda do evento foi composta por Eduardo Mourão Vasconcelos, da da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Loise Forest do Comitê Cidadão ARUCI, do Canadá; Mercedes Serrano Miguel da Universidade de Barcelona e Richard Weingarten, diretor de assuntos dos usuários em serviços públicos de saúde mental da Universidade de Yale . A moderadora da mesa foi Ellen Ricci, estudante de mestrado do Grupo Interfaces. (Veja a programação do evento).
O grupo Saúde Coletiva e Saúde Mental: Interfaces busca aprimorar e ampliar seus estudos e conhecimentos nessas áreas, contribuindo com a formação de estudantes em processo de aperfeiçoamento como mestrados, doutorados e pós-doutorados, bem como com produção científica nacional e internacional sobre essa interface.