O tumor de mama acomete pessoas do sexo feminino e masculino, com uma frequência maior de desenvolvimento do tumor no sexo feminino. O tumor é o processo que gera células anormais que se multiplicam de forma desordenada, que pode ser benigno (nódulo) ou que pode ser maligno (câncer). O tumor de mama feminino tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia quando de forma maligna. Na população feminina abaixo de 40 anos, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 10 vezes maior. Os fatores, hábitos e comorbidades que aumentam a chance de desenvolvimento de um tumor na mama são: obesidade e sobrepeso após a menopausa; sedentarismo e inatividade física; consumo de bebida alcoólica; primeira gravidez após os 30 anos; primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa tardia; histórico

familiar de câncer de mama, principalmente antes dos 50 anos; histórico familiar de câncer de ovário; alteração genética; uso de contraceptivos hormonais (estrogênio e progesterona). O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença. Além disso, exposição a determinadas substâncias como agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos, compostos orgânicos voláteis entre outras substâncias podem estar associadas ao desenvolvimento da doença.

Os sinais e sintomas mais comuns são: nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações nos mamilos; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

Os tratamentos do tumor de mama dependem da fase em que a doença se encontra, podendo ser usados métodos como cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo ou biológica. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial de cura. Se a doença já possuir metástases, o tratamento busca prolongar a melhora da qualidade de vida do indivíduo e sobrevida. Os estágios do tumor de mama são divididos em quatro, cada qual tendo um tratamento específico. Os estágios I e II se caracterizam pelas fases iniciais do câncer de mama e o tratamento, geralmente, é de cirurgia com a retirada do tumor ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária. Após a cirurgia, em alguns casos pode ser indicado o tratamento complementar com radioterapia.

Para algumas pacientes com comprometimento de linfonodos axilares pode ser considerado o tratamento por

quimioterapias. O estágio III da doença diz respeito a pacientes com tumores maiores que 5 cm, porém ainda localizados. Nesses casos, a quimioterapia é a opção inicial, após a redução do tumor promovida pela quimioterapia segue-se para o tratamento com cirurgia e radioterapia. E por fim, no estágio IV da doença há metástase, ou seja o câncer se espalhou para outros órgãos, sendo fundamental nesse estágio buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da sobrevida e considerar os efeitos colaterais do tratamento adotado.

Existem exames para o rastreamento e diagnóstico precoce dos tumores de mama, porém a maior parte dos tumores na mama são descobertos pelas próprias mulheres pela apalpação das mamas. Os exames de rastreamento incluem a mamografia, com orientações pelo Ministério da Saúde que mulheres entre 50 a 69 anos seja faça esse exame a cada dois anos. A mamografia consiste em uma radiografia capaz de identificar alterações suspeitas antes do surgimento dos sintomas, ou seja é indicada para a diagnóstico precoce da doença e como prevenção. O exame de mamografia pode apresentar resultados incorretos, principalmente em mulheres jovens que têm as mamas mais densas. Entretanto, os benefícios são mais vantajosos do que os riscos pois com o exame de mamografia pode-se diminuir a chance de morte por câncer de mama, devido ao tratamento precoce. Além da mamografia, podem ser utilizados outros exames como ultrassonografia ou ressonância magnética. Depois do resultado de suspeita do câncer de mama, é feita uma biópsia, que consiste em uma retirada de um fragmento do nódulo por meio de punções ou um pequena cirurgia, o material retirado é analisado pelo patologista para o diagnóstico conclusivo.

 

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