Acontece no dia 18 de maio, no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, evento em comemoração aos 50 anos do Cepre - Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel de Oliveira da Silva Porto”. A celebração ocorre no contexto dos 60 anos da FCM.
A professora Maria Fernanda Bagarollo, coordenadora do Cepre e docente do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação, falou sobre sua história com o centro. Desde que ingressou no ensino na faculdade, esteve na gestão, começando como responsável pela área de assistência e, desde agosto de 2021, na coordenação. “O Cepre tem um lugar afetivo na minha vida desde a formação. Sou encantada por sua missão, história e lutas. As pessoas que compõem esses 50 anos me inspiram. São exemplos que quero seguir, aprendendo com cada um que participou dessa importante construção”.
De acordo com a coordenadora, a programação do dia 18 é voltada para alguns dos temas centrais do Cepre, como a deficiência visual, surdez e inclusão. No período da manhã, haverá mesa de abertura, homenagens e conferência com o professor David Rodrigues, da Universidade de Lisboa. No período da tarde, duas mesas redondas: a primeira é voltada para o acesso e a permanência da pessoa com deficiência na universidade; a segunda foca na saúde e educação de pessoas surdas e com deficiência visual. As mesas da tarde são compostas por palestrantes da Unicamp e de outras universidades.
Integrando as festividades, o Cepre lançou marca comemorativa dos 50 anos, pensada por Bruno de Jorge e Mário Moreira, da Coordenadoria de Apoio Acadêmico (CAAC). “Eles realizaram estudo sobre a história e a missão do Cepre a partir da busca de documentos e diálogos comigo, enquanto coordenadora”, disse Maria Fernanda. A marca apresenta elementos que remetem às atividades do Cepre: mão - linguagem de libras; desenho do aparelho auditivo e "caractere" em braile - pacientes com deficiência auditiva e visual, respectivamente; ondas sonoras - trabalho de Fonoaudiologia.
A programação completa está disponível na página do evento.
Sobre o Cepre
O Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel de Oliveira da Silva Porto” iniciou suas atividades de atendimento às pessoas com deficiência visual e auditiva em 1973. Ao longo dos anos, ocorreu a ampliação das atividades para o ensino e pesquisa, passando a contar com equipe multiprofissional, o que permitiu intensificar a oferta de cursos de formação na área da deficiência visual e surdez, em nível de extensão e especialização.
Na última década, passou a atuar também na formação de alunos de graduação em Fonoaudiologia e, mais recentemente, na pós-graduação e especialização. Com isso, ampliou-se a gama de atividades, com uma visão interdisciplinar e integrada dos processos de desenvolvimento humano e suas alterações, no que se refere às deficiências, à comunicação humana, à linguagem e à reabilitação.
A população atendida é oriunda principalmente da região metropolitana de Campinas, mas o Cepre também tem recebido usuários de outras regiões e eventualmente de outros estados. São atendidos usuários com deficiência visual, surdez e alterações de linguagem nas diversas faixas etárias.
60 anos da FCM
Fundada em 20 de maio de 1963, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp oferece os cursos de graduação em Medicina e Fonoaudiologia, além de programas de pós-graduação stricto e lato sensu, residência médica e multiprofissional. Treze departamentos compõem a faculdade. Em 2023, uma série de eventos, ações e iniciativas serão realizadas no contexto das comemorações de 60 anos da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.
Ao todo, a FCM conta com aproximadamente 300 servidores docentes, 250 servidores não docentes, 900 alunos de graduação, cerca de 2,5 mil alunos de pós-graduação e 1,2 mil médicos residentes e residentes multiprofissionais, que atuam no complexo da área da Saúde da Unicamp composto pelo Hospital de Clínicas, Hemocentro, Gastrocentro, Caism, Hospital Estadual de Sumaré, Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), laboratórios e centros de pesquisa, cursos e projetos de extensão. Da sua fundação, aos dias atuais, a FCM já formou mais de 6 mil profissionais, entre médicos e fonoaudiólogos.