Encontra-se instalada em frente ao Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, mostra documental sobre o período de criação da Faculdade. A exibição é parte da exposição “Quebra-cabeça da memória”, sobre os 60 anos da FCM, que se estenderá de 9 a 25 de maio no Espaço das Artes.
Segundo Ivan Amaral, do Centro de Memória e Arquivo (CMA) da FCM, a mostra apresenta documentos do Sistema de Arquivos (SIARQ/Unicamp), que é parte técnica da exposição, e do próprio CMA. Ivan é curador da mostra, juntamente com o professor Rubens Bedrikow, coordenador da Comissão de Extensão Universitária e Assuntos Comunitários da FCM.
Rubens destaca que a gênese da então Faculdade de Medicina de Campinas está documentada por meio do Regulamento Interno do Conselho de Entidades de Campinas (1961), que elaborou a proposta de criação da instituição; memorial que esse conselho entregou, no mesmo ano, ao governador do Estado de São Paulo, Carlos Alberto de Carvalho Pinto; e cartas dos deputados estaduais Juvenal Moraes e Luis Roberto Vidigal, endereçadas a Antonio Augusto de Almeida, manifestando apoio à proposta.
A vida e atuação de Almeida também integram a mostra. Ele foi membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas e primeiro diretor da Faculdade. Além de informações sobre sua biografia, o visitante poderá admirar fotografia e desenho a giz do diretor (1974), sua caneta esferográfica folheada a ouro, seu discurso enquanto paraninfo da primeira turma (1968) e outros objetos referentes à sua passagem pela diretoria da unidade.
Durante o mês de abril, mostras documentais simultâneas serão montadas também no Hospital de Clínicas (HC) e no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (Cepre), cada uma contando um pedaço da história e suas singularidades. A partir de 9 de maio, todas as mostras serão reunidas no Espaço das Artes da FCM.
Rubens explica a ideia por trás do nome da mostra. “A dinâmica da exposição obedeceu ao desejo de ampliar o acesso a informações sobre a história da faculdade, utilizando vários espaços pelos quais a comunidade de alunos, funcionários, professores e público externo circulam diariamente. Por isso, denominamos a exposição de ‘Quebra-cabeça da memória da FCM’”.
Ainda segundo o professor, neste ano de celebração da passagem da FCM para a “terceira idade”, fica o convite à reflexão sobre a importância de documentos que preservem a história e possam ser estudados por pesquisadores interessados no tema, valorizando o papel do Centro de Memória e Arquivo da Faculdade. “Sugerimos que a comunidade da FCM aproveite para respirar a história da instituição e refletir sobre seu lugar nessa trajetória”.
Outras informações sobre a história da FCM estão contidas nos pôsteres afixados permanentemente nas paredes do corredor entre o primeiro e segundo andar do prédio principal (FCM 01), assim como na galeria dos diretores da FCM, em frente à diretoria - onde se encontra pintura a óleo do professor Antonio Augusto de Almeida.
60 anos da FCM
Fundada em 20 de maio de 1963, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp oferece os cursos de graduação em Medicina e Fonoaudiologia, além de programas de pós-graduação stricto e lato sensu, residência médica e multiprofissional. Treze departamentos compõem a faculdade. Em 2023, uma série de eventos, ações e iniciativas serão realizadas no contexto das comemorações de 60 anos da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.
Ao todo, a FCM conta com aproximadamente 300 servidores docentes, 250 servidores não docentes, 900 alunos de graduação, cerca de 2,5 mil alunos de pós-graduação e 1,2 mil médicos residentes e residentes multiprofissionais, que atuam no complexo da área da Saúde da Unicamp composto pelo Hospital de Clínicas, Hemocentro, Gastrocentro, Caism, Hospital Estadual de Sumaré, Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), laboratórios e centros de pesquisa, cursos e projetos de extensão. Da sua fundação, aos dias atuais, a FCM já formou mais de 6 mil profissionais, entre médicos e fonoaudiólogos.